A prefeita em guia de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), continua aguardando um retorno do Governo do Estado para a realização de uma audiência com o governador Geraldo Alckmin. O objetivo da renião é tratar das investigações sobre o assassinato do ex-secretário executivo de Coordenação Governamental, Ricardo Joaquim de Oliveira.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a previsão é que o Palácio dos Bandeirantes entre em contato com a prefeita ainda nesta terça-feira. O encontro estava pré-agendado para ontem e não ocorreu por conta da extensa agenda do governador, que visitava o interior paulista.
A reunião foi solicitada ainda no sábado, quando Maria Antonieta chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos vinda dos Estados Unidos.
O encontro seria a oportunidade para Antonieta pedir empenho máximo nas investigações a fim de elucidar o assassinato do político. A prefeita também poderia propor a ampliação do efetivo policial da Cidade.
Depoimento após execução
A prefeita falou pela primeira vez à imprensa neste domingo, no Paço Municipal, depois de interromper uma viagem aos Estados Unidos.
O encontro com Alckmin foi mencionado durante a coletiva. “Isso depõe contra a imagem de Guarujá e nós, cidadãos de bem, não podemos ficar vulneráveis a esse tipo de situação”, disse, na ocasião, em referência a outros cinco casos semelhantes na história política da Cidade.
As investigações sobre a morte de Ricardo Joaquim continuam durante toda a semana. O delegado Claudio Rossi vai ouvir testemunhas, parentes, amigos e colegas de trabalho do ex-secretário. A prefeita também será ouvida, já que Ricardo Joaquim trabalhou na Prefeitura até uma semana antes do crime.
Escolta pessoal
No pronunciamento, Maria Antonieta disse que deve retomar a escolta para garantir sua segurança pessoal. A proposta já é estudada por sua equipe.
A chefe do Executivo Municipal, contudo, garante não ter recebido qualquer tipo de ameaça. Disse ainda que ela ou mesmo Joaquim não pediram proteção à Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) ou mesmo ao secretário, Antonio Ferreira Pinto. As declarações reiteram comunicado enviada à Imprensa pela SSP, que negou ter recebido qualquer solicitação.
Antonieta explicou que procurou Ferreira Pinto, várias vezes no ano passado, com a intenção exclusiva de garantir o aumento do efetivo da Polícia Militar durante a Operação Verão, iniciada no dia 27 de dezembro.
Ameaça
Entretanto, a prefeita confirmou que Joaquim a teria procurado, no dia 31 de dezembro, para relatar uma ameaça durante a festa de Réveillon. Antonieta, que passaria a virada do ano ao lado de Joaquim, na Secretaria de Turismo, ressaltou ter requerido junto ao chefe do Comando de Policiamento do Interior-6, coronel Sérgio Del Bel, reforço no policiamento para aquele dia.
O pedido foi prontamente atendido, tendo sido colocando à disposição a Corregedoria, o Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), e uma escola policial.
Antonieta ressaltou, ainda, que ao término do feriado, o ex-secretário teria dispensado a escolta da PM. “De acordo com um secretário meu, ele foi na delegacia local. Após isso, não queixou-se de mais nada comigo”.
A prefeita Antonieta disse desconhecer possíveis desafetos ou inimigos políticos de Joaquim, ou mesmo a suposta motivação da execução. “Joaquim sempre foi uma pessoa atuante, que conversava com todos, articulador, firme, mas comunicativo. Até porque a sua função exigia isso. Como secretário de Coordenação Governamental, sua função era articular, coordenar, manter um relacionamento com a sociedade”, ressalta.
A Reportagem apurou, porém, que nos últimos meses Joaquim dispunha de um automóvel à prova de balas.
Fonte: Jornal A Tribuna