O estudante Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, morador de Campinas, morto com três facadas pelo dono do Restaurante Casa Grande depois de uma discussão sobre o valor da conta cobrada pela refeição, ligou para a polícia minutos antes de ser esfaqueado.
Após não concordar em pagar R$ 19,99 pela refeição, já que o anúncio informava o preço de R$ 12,99, foi iniciada uma briga. Mário, no entanto, ligou para a polícia e contou o que havia acontecido e chegou a dizer que alguém estava armado. “Tem um cara aqui falando que vai bater nos clientes”, disse ele durante o telefonema.
A mãe de Mário confirma que o filho não queria confusão.
— Meu filho chamou a policia porque ele não queria briga. Ele foi acuado, meu filho não queria brigar. Ele pagou o que foi cobrado.
O crime foi na noite de 31 de dezembro de 2012, poucas horas antes da virada do ano. Sampaio estava com a namorada e dois amigos no restaurante na cidade de Guarujá quando tudo aconteceu.
O proprietário do restaurante, José Adão Pereira dos Passos, de 55 anos, e seu filho, que também era gerente do local, Diego Souza Passos, de 22, além de um garçom, foram indiciados por homicídio qualificado.
No inquérito consta que o dono do estabelecimento matou o universitário. Já o filho e o funcionário são acusados de segurar e agredir a vítima. Pai e filho estão presos. O funcionário está em liberdade.
O pai a mãe e a irmã de Mário, que moram em campinas, interior de São Paulo, pretendem entrar com uma ação civil para pedir indenização à família dos acusados. No entanto, o pai disse que não querem ficar com o dinheiro.
— Esse dinheiro vai pra uma casa de instituição como hospital Boldrin que cuida de criança com câncer, ou outra instituição como Santa Casa que precise desse dinheiro.
A polícia pretende fazer a reconstituição do crime individualmente, ou seja, vai ouvir um por um e confrontar as versões. A data prevista é a próxima quinta-feira, 21 de fevereiro, coincidentemente dia em que Mário completaria 23 anos.
Fonte: R7