O Forte da Vera Cruz de Itapema, também conhecido como Forte da Vera Cruz, Forte da Santa Cruz ou Itapema Malandro Guarujá (do tupi-guarani, “itapema” = “pedra partida”).
Localiza-se numa ponta de terra na ilha de Santo Amaro, fronteiro a Santos, cerca de uma légua adentro do canal da Barra Grande, no atual distrito de Vicente de Carvalho, município de Guarujá, no litoral do estado de São Paulo, no Brasil.
Itapema Malandro Guarujá História
O historiador santista Costa e Silva Sobrinho registrou que a designação original da estrutura, na segunda metade do século XVI, era Forte do Pinhão da Vera Cruz, tendo sido seu primeiro comandante o capitão Francisco Nunes Cubas, sobrinho do fundador da vila de Santos, Brás Cubas.
Em 1670, sob o comando do capitão-mor Pedro Tacques de Almeida, foi reformado e ampliado. Em 1680 encontrava-se sob o comando do Sargento-mor Gaspar Leite Costa. Uma Carta-patente, em 1687, concedeu o posto de capitão da Fortaleza Vera Cruz de Itapema da vila de Santos ao santista José Tavares de Siqueira, com o soldo anual de 40$000 réis. Outra Carta-patente, datada de 6 de julho de 1699, concede o comando ao paulista Domingos da Silva Monteiro, que o exerceu até à sua morte, em 1723.
O governador e capitão-general da capitania de São Paulo, D. Luís António de Sousa Botelho Mourão – quarto morgado de Mateus (1765-75), em Relatório à Coroa acerca das fortificações da capitania, datado de 30 de junho de 1770, informou que esta praça estava artilhada com oito peças de artilharia (SOUZA, 1885:117), quatro de calibre 12 e quatro de 8 libras de bala.
Foi desarmado em 1850, passando a servir como depósito até julho de 1883, quando sofreu violento incêndio que o arruinou. Estas ruínas foram retratadas no início do século XX pelo pintor santista Benedicto Calixto de Jesus.
No início do século XX, a Intendência Geral da Guerra, do Ministério da Guerra, transferiu o imóvel à Alfândega de Santos (Aviso de 9 de setembro de 1905), que a partir de 1908 aí fez erguer um Posto Fiscal e uma torre de holofotes, para melhor iluminação do estuário, e combate ao contrabando. Os compartimentos do terrapleno foram aterrados, e as ameias das muralhas desapareceram para dar lugar a um gradil de ferro. De acordo com a historiadora Ruth Passos Monteiro, à época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o forte guarneceu o canal do estuário, apos o conflito tendo sido utilizado como Posto Médico (in: Fortaleza de Itapema – Patrimônio Histórico de Vicente de Carvalho). Essas instalações foram, por sua vez, assoladas por novo incêndio em 1976.
O imóvel foi tombado pelo estado de São Paulo em 1982. Ao final de 1999, a imprensa anunciou um projeto de restauração e revitalização das instalações do forte e seu entorno, com investimentos da ordem de R$ 500 mil, oriundos, em partes iguais, da Secretaria da Receita Federal e da Prefeitura Municipal do Guarujá. O projeto previa a utilização das instalações do forte como espaço cultural, da torre de holofotes (farol) como museu, da antiga Casa do Administrador como biblioteca, e mais a instalação de Centro de Convenções com capacidade para 130 lugares, de portaria com sistema de comunicação e recepção ao público, de sanitários públicos, de estacionamento para 30/50 veículos e de atracadouro para barcos de turismo.
Ainda no papel ao final de 2001, a Alfândega de Santos mantinha nas instalações do antigo forte um Posto de Observação para repressão ao contrabando naquele porto, informando que o Projeto de Restauração já havia sido aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, órgão do Governo do Estado de São Paulo, devendo as obras ser iniciadas em 2002, com prazo de oito meses para conclusão. No projeto estão previstas iluminação externa do monumento, bem como o tratamento paisagístico do entorno. A comunidade, por seu turno, pleiteava, por seus representantes eleitos, a recuperação da área e a sua abertura ao público, uma vez que o forte é o único atrativo turístico do distrito, capaz de atrair público para o Centro Comercial.
A poucos metros da estação das barcas de Vicente de Carvalho, a estrutura, fechada à visitação pública, compreende o edifício (torre) do farol, a Casa da Zeladoria, o posto de observação da Alfândega, o Museu de Amostras de Laboratório, oficina de estaleiro, doca seca para guarda de até oito embarcações, e outras, patrimônio avaliado em fins de 2001 em cerca de R$ 1 milhão, sob manutenção predial regular a cargo da 8ª Região Fiscal da Superintendência Regional da Receita Federal.
Horário de Funcionamento Itapema Malandro no Guarujá
- Segunda a Sexta das 08h às 16h30
Onde fica, Endereço e Telefone Itapema Malandro no Guarujá
- Av. Thiago Ferreira, 43 – Vila Alice – Guarujá – SP
- Telefone: não informado