”O Instituto de Infectologia Emílio Ribas informa que a unidade do Encontra Guarujá será inaugurada ainda este ano e que o cronograma da reforma segue normalmente como o planejado”.
Nove meses depois do anúncio de que o Hospital e Maternidade Ana Parteira seria sede de uma segunda unidade do Emílio Ribas e do Adolfo Lutz, foi esta foi a resposta que a assessoria do instituto deu ao ser questionada por A Tribuna sobre o prazo de entrega, o que está faltando para isso acontecer e qual o motivo do atraso.
Em fevereiro, a resposta do diretor técnico do Emílio Ribas e coordenador da Agência de Saúde da Baixada Santista, David Uip, foi bem diferente. Ao ser indagado sobre a possibilidade de instalação da unidade ainda no primeiro semestre, ele disse não ter a menor dúvida.
“Temos que dar respostas fulminantes aos munícipes, prefeitos, secretários. Para não ficar no promete e nada acontece”. Vencido o primeiro prazo, veio um novo:outubro. Este foi dado pelo próprio governador Geraldo Alckmin, em visita à Baixada em agosto para anunciar uma série de investimentos. Ele também informou que o Estado destinaria R$ 18 milhões para a instalação dos institutos em Guarujá. O resultado é que daqui a três meses o Ana Parteira completa três anos de fechamento.
Na fachada, tudo como antes, inclusive no nome: “Hospital da Mulher – Ana Fernandes de Freitas”. E embora o local esteja trancado, foi possível observar através da porta de vidro que os elevadores estão “em sinistro” e que as placas ainda indicam setores da maternidade, desativada em2009. Um funcionário de uma firma terceirizada de limpeza que preferiu não se identificar afirmou que há cerca de três meses todos os equipamentos e aparelhos cirúrgicos foram retirados do local. “Depois disso, nada aconteceu mais. Está tudo parado e, inclusive, sujo lá. Nenhuma obra foi feita”.
Maternidade
A mudança de destinação do Ana Parteira gerou polêmica quando foi anunciada, uma vez que Guarujá apresentou aumento no índice de mortalidade infantil entre 2009 e 2010. Sobre isso, a prefeita Maria Antonieta de Brito disse à época que Guarujá não perderia a maternidade, já que toda a estrutura seria transferida para o Hospital Santo Amaro (HSA).
A nova unidade, entretanto, ainda não está pronta. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que já repassou mais de R$ 3 milhões para a reforma e adequação do local. Além disso, afirma repassar mais R$ 110 mil por mês para a equipe especializada em atuar diretamente na maternidade. “Tão logo acabe a reforma será reinaugurada a maternidade com modelo de co-gestão entre Prefeitura e HSA”.
Fonte: Jornal A Tribuna