Quem caminhou nesta terça-feira ao longo da Praia da Enseada, na cidade Guarujá, observou um fenômeno comum nesta época do ano: a presença de águas-vivas espalhadas por um longo trecho de areia, que compreendia desde a beira da água até próximo ao calçadão. Aparentemente mortos, os animais marinhos tinham tamanhos variados, que chegavam até pelo menos 50 centímetros.
A bióloga do Grupo de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (Gremar), Andrea Maranho, afirma que as últimas ressacas no mar trouxeram os animais para a areia. “Com o mar forte isso pode acontecer mesmo”.
A informação é ressaltada pelo sargento Heracles da Silva Souza, do 17º Grupamento de Bombeiros. “Este é um fenômeno natural nesta época. As águas-vivas se movem por meio das marés e dos ventos. Quando ela está na areia é porque já perdeu a maioria dos filamentos”.
E são justamente esses filamentos os responsáveis pelas queimaduras. Porém, a preocupação maior é quando elas estão na água. “A parte superior da água-viva, que parece uma gelatina, não causa irritação na pele. Se a pessoa sofrer queimadura pode colocar gelo, água corrente e procurar um pronto-socorro”, disse o sargento.
Fonte: Jornal a Tribuna