Corpo do ex-secretário de Esportes é sepultado em Guarujá

O corpo do secretário de Esportes e Lazer do guia Guarujá, Paulo Piasenti, foi sepultado no Cemitério da Vila Júlia na tarde desta segunda-feira. Com 46 anos, ele morreu na noite de domingo no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, enquanto aguardava um transplante.

Cerca de 300 pessoas acompanharam o velório e enterro do ex-secretário de Esportes de Guarujá. O corpo foi velado na Câmara de Vereadores e contou com a presença de autoridades, entre elas secretários municipais e vereadores.

Quadro clínico

A saúde de Piasenti se agravou nas últimas semanas, mas o quadro clínico dele já era delicado desde julho, quando sofreu um enfarto agudo do miocárdio e passou por uma angioplastia no Incor. Dois meses depois, ele, que era casado e não tinha filhos, reassumiu a Secretaria, mas teve que interromper os trabalhos para uma nova internação.

A sucessão de fatores fez com que ele ficasse cada vez mais debilitado. Um dos rins parou de funcionar e o transplante de coração, que era a aposta dos médicos para a melhora da saúde, teve que ser suspenso. No sábado, o secretário teve uma série de convulsões e no domingo, segundo dia de 2011, o Paulo Piasenti teve falência múltipla de órgãos.



Carreira

Ex-vereador por dois mandatos, Piasenti foi o único candidato da região ao Senado nas eleições de 2006. Com cerca de 20 mil votos não conseguiu ser eleito. Em 2008, tentou ser prefeito de Guarujá e não teve êxito. Aceitou integrar o secretariado da prefeita Maria Antonieta de Brito.

Piasenti era considerado um dos mais combativos políticos de Guarujá, ao lado do colega de vereança Luís Carlos Romazzini, morto a tiros em casa, no último dia 26 de novembro. Coincidentemente, os dois eram as únicas testemunhas do caso do Mensalinho, descoberto há cinco anos, no qual vereadores e assessores integravam um esquema de distribuição de propina e tráfico de influência com a suposta anuência da administração do ex-prefeito Farid Madi.

Apesar de serem testemunhas no caso do mensalinho, Piasenti e Romazzini nunca foram ouvidos pela Justiça. Advogado e amigo da família de Piasenti, Sidnei Aranha afirmou que o ex-vereador se abateu ainda mais ao saber da morte de Romazzini. “O assassinato do Romazzini derrubou ele (Piasenti).

O estado de saúde piorou muito. Ele ficou muito mal, chorou demais e nos comprometemos a visitar juntos o túmulo”, lembrou Aranha, que não se conforma com a atuação da Justiça diante do caso do mensalinho. “As duas testemunhas estão mortas. E agora? Os bandidos estão soltos, comemorando”.

Fonte: Jornal a Tribuna





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